terça-feira, 25 de janeiro de 2011



Quando o amor acenar, siga-o / ainda que por caminhos ásperos e ingremes. / E quando suas asas o envolverem, reda-se a ele / ainda que a lâmina escondida sob suas asas possa feri-lo. / E quando ele falar a você, acredite no que ele diz / ainda que sua voz possa destroçar seus sonhos, / assim como o vento norte devasta o jardim.
Pois, se o amor o coroa, ele também o crucifica. / Se o ajuda a crescer, também o diminui. / Se o faz subir às alturas e acaricia seus ramos / mais ternos que tremem ao sol, também o faz descer / às raizas e abala sua ligação com a terra.
Como os feixes de trigo, ele o mantém íntegro. / Debulha-o até deixá-lo nu. / Transforma-o, livrando-o de sua palha. / Tritura-o, até torná-lo branco. / Amassa-o, até deixá-lo macio; / e então submete ao fogo para que se transforms / em pão no banquete sagrado de Deus. / Todas essas coisas pode o amor fazer / para que você conheça os segredos do seu coração, / e com esse conhecimento se torne um fragmento / do coração da VIDA.
Kablil Gibran

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